Hoje é o Dia Internacional do Cão Guia
Hoje é o Dia Internacional do Cão Guia

Hoje é o Dia Internacional do Cão Guia

Hoje, dia 28, é celebrado o Dia Internacional do Cão Guia. A data é firmada na última quarta-feira de abril e exalta a importância da função do animal para nortear e orientar os passos de um deficiente visual.

Na foto vemos a Bárbara Ferreira, jornalista de 24 anos de idade, junto de sua companheira Izzy. Bárbara é portadora de Amaurose Congênita de Leber, doença degenerativa nas retinas, que a levou a ter 80% da sua visão comprometida.

Para se orientar e ter confiança em sua marcha, Bárbara conseguiu uma labradora para ser sua guia por meio do Instituto Magnus, projeto que permite deficientes visuais a terem acesso ao animal.

Os registros iniciais do uso de cães para auxiliar a caminhada de um deficiente visual foram em meados de 1780, em um hospital para cegos em Paris, na França.

A importância histórica é ainda maior quando nos damos conta de que na Primeira Guerra Mundial, a enorme quantidade de combatentes que perderam a visão provocou o interesse pelo treinamento em massa de cães guia.

O pontapé inicial para esses estudos veio após um médico passear com seu próprio cão no jardim do hospital em que trabalhava, e deixar o mesmo sozinho com um paciente. O médico percebeu então que o cão estava “cuidando” do enfermo.

Os estudos foram se aprimorando com o passar do tempo, até em 1950 essa dinâmica chegar no Brasil. Em sua maioria os cães guias são labradores ou goldens retrievers e, atualmente, existem aproximadamente 200 animais em todo país. Um número baixo se compararmos com os 6 milhões de deficientes visuais que habitam no Brasil.

É evidente que, em consequência da presença cada vez mais rara, existem muitas dúvidas sobre como funcionam os procedimentos com o cão guia. Por isso, o Lar das Moças Cegas traz curiosidades sobre o tema:

  • Apesar de ser quase irresistível com tamanha fofura, não se deve brincar com um cão guia em exercício;
  • Quando filhote, passa por um processo de socialização com famílias que se voluntariam para ensinar o convívio com humanos. De acordo com o crescimento do cachorro, um adestrador especialista acompanha e inicia comandos específicos para o aprendizado, como o desvio de obstáculos e noção de espaço;
  • Estima-se que o tempo médio de preparação de um cão guia é de 3 anos;
  • O custo para preparação e treinamento de um cão guia é estimado em R$ 35 mil. Pelo alto valor, o recurso não é muito acessível, isso explica o baixo número deles no Brasil;
  • O cão guia exige muita atenção, portanto, o tutor deve estar em dia com os cuidados com o animal;
  • O Lar das Moças Cegas não tem, no momento, assistidos que tenham cães guias. Porém, como uma instituição que trabalha em prol da assistência e reabilitação do deficiente visual, reconhece o papel importante das práticas com o animal para a confiança e autonomia do assistido, assim como o uso da bengala guia.

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