Jornalista inicia campanha na internet para publicação de livro sobre cães-guia
Aos 50 anos, Carlos Eduardo Alvim que é aposentado, teve uma das experiências mais marcantes de sua vida até agora: viajou sozinho de avião. A viagem teria sido comum se ele não fosse cego e não estivesse acompanhado por seu cão-guia, a Golden retriver Brida. Há três anos juntos eles fazem parte de uma minoria no Brasil, já que, assim como Brida, existem apenas outros 70 cães-guia em serviço no país.
Para contar histórias como esta e apresentar às pessoas como ocorre o processo de treinamento dos cães, a jornalista Natália Alcantara, que mora em Balneário Camboriú, escreveu o livro Amor de Guia. Porém, para publicá-lo ela começou uma campanha de financiamento coletivo pela Internet.
O crowdfunding – uma espécie de “vaquinha moderna” em plataforma virtual – é uma forma de apoio cultural para garantir a edição e publicação do livro. Quem quiser ajudar, seja pessoa física ou jurídica, pode contribuir através do sitewww.bookstart.com.br/amordeguia.
A partir de R$ 20 já é possível ajudar, seja através de boleto, cartão de crédito ou débito em conta. Caso a campanha não atinja a meta, o valor arrecadado será devolvido aos participantes. Todos os detalhes sobre o processo podem ser acompanhados pelo site. A previsão é que o livro seja publicado em março de 2015.
— Publicar um livro é um grande desafio, principalmente para novos autores. O mercado editorial é muito fechado e competitivo, por isso decidi apostar na campanha de financiamento coletivo — explica a autora Natália Alcantara.
O livro serve como inspiração para aqueles que desejam ter um cão-guia, além de mostrar o potencial dos animais e o trabalho realizado pelas instituições que normalmente é realizado através de doações. A ideia do livro nasceu no Trabalho de Conclusão de Curso, quando Natalia se formou em Jornalismo na Universidade do Vale do Itajaí.
Segundo a autora, o principal objetivo do livro é conscientizar e preparar a comunidade para receber os cães-guia, seja enquanto são aprendizes ou já formados, acompanhados por seus socializadores, treinadores ou deficientes visuais em lugares públicos conforme prevê a Lei nº 11.126/2005.