
Sentir na pele é forma de ver diferente
Inspirados nos jogos olímpicos e paralímpicos, alunos participam de atividades que os aproximam da realidade de deficientes visuais
Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos 2016, recentemente encerrados, foram abordados nas escolas da região e, assim como o espírito da competição, serviram como pano de fundo para integração dos estudantes.
Em Praia Grande, na EM Ronaldo Sérgio Alves Lameira Ramos, a turma do quinto ano participou de uma série de atividades que despertou neles outra percepção sobre pessoas com deficiência visual.
A partir de uma reportagem publicada em A Tribuna, a professora Luciana de Andrade Alongi decidiu trabalhar a deficiência visual. “Elas relataram alguns casos de família e de conhecidos que passaram por esse problema”, diz Luciana.
A turma também assistiu a um vídeo com depoimentos de pessoas que não possuem a visão na sua totalidade ou enxergam com muito comprometimento. “Um aluno ficou muito emocionado quando uma moça disse sobre o quanto ela sentia falta das cores do arco-íris”, conta.
IDENTIFICAÇÃO
ESPORTE ADAPTADO
INFORMAÇÃO
Na EM Paulo Shigueo Yamauti, a professora Paulete Prada Boch se valeu de uma roda de conversa para explicar onde, como e por quê surgiram as Olimpíadas e destacar as modalidades e os atletas brasileiros. “Como nos situamos em uma comunidade carente, percebemos que muitos deles não tinham contato com os acontecimentos que envolvem um evento desse porte”.
Foi através da leitura diária do jornal que os alunos puderam acompanhar na escola os acontecimentos de cada dia. Eles focaram na vida de dois atletas Rafaela Silva, do judô; e Isaquias Queiroz, da canoagem. “As crianças identificaram-se com eles, ficando entusiasmados de saber de onde vieram e como começaram a trajetória no esporte”, diz Claudia Maria Mendes de Sá, coordenadora pedagógica.
SOLIDARIEDADE
Foi realizada uma premiação simbólica para todas as crianças que se destacaram nas atividades de cada sala. “Conseguimos com esta atividade unir leitura, consciência cidadã, solidariedade e respeito ao outro”, diz Rosângela de Oliveira Matos, coordenadora da unidade.
BRINCADEIRA
“Os alunos descobriram que a brincadeira do cabo de guerra, no passado, foi modalidade olímpica e essa descoberta desencadeou a elaboração de diversas atividades como listas, confecção de cartazes coletivos, atividades gráficas, leitura de textos informativos e como não poderia deixar de ser, a turma brincou de cabo de guerra”, conta a coordenadora da unidade, sobre atividade realizada pela professora Ana Paula Tavares.